Bons de garfo

quinta-feira, 29 de março de 2007

Rum, alegre bebida dos tristes trópicos

Uma coisa é certa, o rum é uma grande incógnita na pauta gastronômica brasileira e nunca caiu de fato no paladar nacional... Talvez isto se deva ao fato de que o Brasil nunca se aproximou demais, cultural e gastronomicamente, de seus irmãos além-mar e além-fronteiras, onde diga-se de passagem, o rum é geralmente uma grande paixão nacional, como na Venezuela e Cuba, dois grandes centros de veneração da bebida. O rum não é uma bebida que combina com aqueles adjetivos muito frescos com que geralmente os vinhos de alto padrão são qualificados. O rum é sobretudo uma bebida de trabalhadores cansados, um destilado bem maltado de fragrâncias tropicais simples como o sabor das bananas e abacaxis. Essa última idéia traduz muito bem um rum em especial: o ótimo Santa Teresa 1796, um rum venezuelano de grande robustez, lendário e promissor representante de mais de 200 anos da existência de sua fabricante, La Hacienda Santa Teresa. Aclamado em seu país como “Le Ron de Rones”, o Santa Teresa tem um tom artesanal com personalidade indissociável da clássica miragem tropical: um oasis com coqueiros balançando ao vento... “Visões do paraíso” a parte, o Santa Teresa é um rum bastante suave, ao mesmo tempo que passa uma impressão grandiosa e infinita. Aquele conhecido “desce redondo” encontra sua verdadeira realidade publicitária no Santa Teresa. Isto se deve a mais de 15 anos de maturação incrivelmente encapsulados numa garrafa de 1 litro, expondo uma coloração cobre metálica bem vibrante.

Aos amigos venezuelanos, Gabriel Dopico e Mercedes Gutierrez.

20:41 | 4 comments

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